terça-feira, 30 de novembro de 2010

grande vitoria

O Barcelona humilhou o Real Madrid e o orgulho de Mourinho e companhia terá ficado um tanto ou quanto afecctado. Há noites que são mesmo para esquecer.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Raízes






O presente encontra o seu sentido quando lido à luz do passado que alicerça a sua realidade. Querer equacionar a realidade presente e prespectivar com algum sucesso o futuro exige o recurso à nossa memória individual e colectiva e o questionamento das múltiplas mensagens e experiências transmitidas por esse caminhar a que chamamos história. Cada pessoa tem a sua história que está gravada na sua memória individual.Cada cidade tem a sua história que é contada pelas múltiplas linguagens que nos chegam: a sua localização, a sua edificação, os seus hábitos, a sua arte, o seu linguajar, as suas crenças, o seu mimetismo, enfim tudo aquilo que faz que seja esta e não outra. Do mesmo modo um povo-nação só se reconhece e se compreende quando é capaz de consciencializar a sua história em tudo o que ela tem de trágico, de cómico, de sonho, de mesquinho e de grandeza. Se um povo se não assume na sua realidade específica jamais poderá com sucesso viver o presente estabelecendo um diálogo promissor com o futuro.
Nestes dias está a ser discutido na Assembleia da República o Orçamento de Estado para 2011. Sem uma análise séria do passado que alicerça a nossa realidade presente e sem uma visão séria do que queremos que seja o nosso futuro, esta discussão será  mais uma divisão do que um congregar de esforços animados pela esperança de que as dificuldades do presente são a alavanca para um futuro mais afirmativo. É preciso que a seriedade seja mais forte que a demagogia, a análise mais robusta que a superficialidade, a argumentação mais sólida que a retórica e o realismo mais eficaz que a desonesta exploração da superficialidade e da conveniência.
Lisboa é uma cidade histórica dum país que se orgulha da sua história, da especificidade dos seus povos, das novidades da sua cultura, do orgulho das suas gentes, das suas aspirações face ao futuro e da sua experiência de diálogo com a multipluralidade global. Sem nos conhecermos não nos entenderemos e sem nos entendermos não sairemos com sucesso deste buraco em que distraidamente nos deixámos cair.